sábado, 7 de maio de 2016

*Quais são os pontos negativos?

Para atender o aumento da demanda do Ecoturismo, muitos lugares semi isolados, desabitados ou habitados apenas por umas poucas pessoas, foram rapidamente “civilizados” – ocupados por pousadas, bares, restaurantes e um comércio amplo e variado, que a partir de então passou a vender os produtos “típicos” do local...
É verdade que o ecoturismo pode ser um gerador importante de renda e de empregos, representando assim uma alternativa verdadeiramente consistente para atividades econômicas mais destrutivas ou “impactantes”, digamos assim; mas ele também tem o seu lado negativo, por incrível que pareça!
O Brasil não ficou de fora da explosão do ecoturismo, embora as “taxas de visitação” (número de visitantes anuais por unidade de área, por exemplo) dos nossos parques – a principal categoria de unidade de conservação aberta ao público – ainda estejam em patamares relativamente modestos. Ainda assim, o aumento crescente da visitação, combinado com a falta de infraestrutura e de pessoal qualificado, expôs problemas antigos, ao mesmo tempo em que gerou uma série de problemas novos:
- Impactos ambientais localizados
Erosão e perda de solo ao longo de trilhas, acúmulo de lixo, pilhagens, perda de espécies etc.
- Dramas sociais mais amplos e complexos
Tráfico de drogas, prostituição infantil, desagregação familiar, deterioração da vida social de comunidades locais etc.
- Vandalismo
Deixar lixo jogado pelo chão ou restos de comida para animais, tirar lascas ou fazer marcas no tronco das árvores, roubar orquídeas ou bromélias etc.
Além de que certos problemas surgem quando os empreendedores, a exemplo do que acontece em outros setores da economia, tentam maximizar os lucros gerados pelo ecoturismo no curto prazo, ignorando deliberada ou inadvertidamente o fato essencial de que a manutenção da integridade das áreas abertas ao público exige um controle mais rigoroso sobre o número de visitantes.

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